4 de Dezembro

Era uma vez um Santo. Vamos chamar-lhe Santo Humilde. O Humilde era uma pessoa muito normal, como qualquer um de nós. Ele estudava, trabalhava, tinha namorada, Família, e alguns vícios sem grande importância, normal das pessoas da Terra. Só que, para além disso, ainda arranjava tempo para se preocupar com quem fosse na rua e precisasse de ajuda, ou apenas bocadinho de atenção. Mas nem precisava disso para ser Santo, já era Santo só pelo Caminho que fazia com os pais, irmãos, namorada, amigos. Já era Santo só pela maneira como entregava os estudos e o trabalho a Deus, antes e depois de cada momento. Deus, que estava mesmo muito contente com a sua disponibilidade e abertura à Missão de servir os outros no Seu Amor, abordou-o e lhe disse que pedisse algo, que Ele lhe concederia.

Como é grande o Amor de Deus por nós, não bastava dar-lhe o Céu, que é a recompensa maior... Deus quis recompensá-lo ainda em vida, com qualquer coisa que o Humilde pedisse! O Santo pediu a Deus coisas para os outros, como Amor, Paz e Felicidade. O costume, afinal é o que desejamos a todos os nossos amigos. E este Santo era amigo de todas as pessoas do Mundo, mesmo não conhecendo o Mundo inteiro! Deus disse-lhe que tudo isso já era possível, desde que os homens, com a liberdade de O escolher ou não, se abrissem ao Seu Amor em cada passo das suas vida. Disse-lhe que pedisse uma outra coisa, que fosse para si próprio. O Santo pensou, pensou... e pediu que fosse Santo, mas que fizesse o Bem sem dar por isso. Então, assim foi.

Deus deu ao Santo Humilde uma sombra milagrosa. Por onde quer que passasse o Humilde, a sua sombra curava os doentes, tornava os campos férteis e cultiváveis, enchia as pessoas de ânimo e confiança. O Humilde continuou a fazer aquilo que sempre fizera: dar a atenção do costume, que fazia as pessoas ficarem mais animadas e consoladas. Só que agora, as pessoas ficavam muito mais animadas, extremamente felizes e cheias de força para enfrentar a vida na base do Amor de Deus! O Santo achava estranho e não sabia o porquê de tanta alegria, já que fazia o mesmo que sempre, ou pouco mais. Nem ele nem as pessoas se apercebiam que era a sua sombra a causadora de tantos milagres. Mas mesmo não percebendo nada, dava graças a Deus, são tantas as maravilhas do Seu Reino...

Viveu e morreu feliz, o Humilde. Quando chegou ao Céu, Deus explicou-lhe que tinha feito actuar o Espírito Santo através da sua sombra. Porque o Humilde se dispôs a isso. O Santo Humilde percebeu tudo e alegrou-se. Louvou a Deus, repetindo vezes sem conta: "Como Tu és bom, meu Pai e meu Melhor Amigo..."

AVC