9 de Novembro
Há momentos de desolação. Dias em que tudo te corre mal, parece que tudo cai na tua vida ao mesmo tempo. Não desesperes, como dizem os ditados, "a esperança é a última a morrer" e "tudo vale a pena se a Alma não for pequena"! De facto, são duas condições necessárias para ultrapassares bem essa fase. A esperança, bem como as outras virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade), deve de facto ser a última a morrer. Se tiveres Esperança e Fé, podes confiar com Amor em Deus que te protege e quer o melhor para ti em cada momento da tua vida, mesmo que te pareça injusto. Não tem de ser injusto... às vezes é "só" difícil! Se calhar precisas desse momento para o teu crescimento. A outra condição, é a Grandeza de Alma. Pois digo-te que quem levar a sério estas três virtudes da Fé, Esperança e Caridade, tem uma Alma a crescer por todos os lados, na direcção de Jesus. Confia em ti, não tenhas vergonha de ti, nem pena. Deus ama-te tal e qual como tu és... confia n'Ele, confia nos teus amigos... e por favor, foge dos que são amigos por contrato. Os "amigos" que se fazem pagar não são aquilo que precisas. Tens Deus, os teus verdadeiros amigos, a tua família, o teu director espiritual... Luta por ti, não entregues o teu "eu" a um desconhecido que lutará por ti. E, se assim for, outro provérbio triunfará: "Depois da tempestade, vem a bonança!" Vêm os momentos de consolação. Mas para ler sobre isso, nada melhor que visitar o blog Confiar no postal de 20/5/2006.
AVC
posted by CristalizArte at 12:34 da manhã
24 Comments:
AVC e Maria, Obrigada por estas palavras que não deixam desanimar...
Grd beijinho
Com grande devoção e renovado sentimento, desejo e peço que finalmente me seja dado ser servidor e ministro de Cristo consolador.
Ministro de Cristo que socorre, que salva, que cura, que liberta, que enriquece e que dá força.
Para que assim, até mesmo eu, através d´Ele, seja capaz de ir em ajuda de muitos, para os consolar, livrar das suas doenças, libertar e fortalecer;
levar-lhes luz, não somente espiritual, mas ainda, se esta audácia e esperança em Deus me são permitidas, de maneira material,
com tudo o que a caridade pode fazer pela alma e pelo corpo do meu próximo, quem quer que ele seja.
Consolação é aquela palavra chave que me lembra sempre este grande homem: Pedro Fabro (sim, mais uma das minhas muitas obcecações... :P)
Obrigado AVC e Maria por serem os verdadeiros companheiros de Caminho... os amigos que não se fazem pagar! (e ainda bem, porque também não tinha dinheiro para tamanha generosidade :p)
Mike, aquela história do Pedro Fabro... uffff que espanto! De consolar a Alma, de facto... obrigado!! Quanto aos amigos que se fazem pagar... posso ser polémico? O que me dizem dos psicólogos? Eu tenho medo deles e fujo a sete pés... acho que são uma espécie desses amigos desconhecidos que não sabemos se são genuínos na ajuda ou se estão ali apenas pelas notas que saem dos bolsos daqueles que recorrem a eles por tudo e por nada, nesta sociedade individualista do "coitadinho de mim"... (acho que me vão cair todos em cima depois desta...)
Um abraço,
AVC
Inês!!! Um grande abraço, só para ti!
AVC
Adorei a oração de Pedro Fabro...
Quanto aos psicólogos, há psicólogos e psicólogos... sei do que falo... Mas acho que os amigos que tenho no meu caminho e que me preenchem são dos melhores psicólogos que tenho...
Grande beijinho para os dois
As tuas palavras AVC, as de hoje em especial, a juntar às palavras de PEdro Fabro é que são um grande consolo para muitas almas...
Obrigada Inês por tanta humildade e simplicidade...acredita que não há assim muita gente como tu!
Mike, tenho-me lembrado várias vezes da nossa conversa a caminhar até Fátima e é mesmo giro imaginar-te como um companheiro de Caminho...principalmente porque me fazes pensar em várias coisas importantes! obrigada =)
António, obrigada por este post de esperança e de confiança...! ;)
beijinho
Obrigado Inês! Acredita que fico contente por ouvir isso! Força aí! E mando-te outro beijinho!
AVC
Obrigado António, por este texto e ao Mike também pela lindissima oração.
Em relação aos psicólogos, psiquiatras e afins, (sem nenhum desprezo, entenda-se), acho muito curioso que no tempo em que era mais novo, (já sou avô), se alguém frequentava estes "serviços" escondia e se alguém descobrisse dizia que era mentira ou que só tinha ido uma vez!!!
Agora parece que se faz "gala" em frequentar estes profissionais e até parece que já dá "estatuto social".
Enfim coisas dos tempos em que alguns se agarram a outros para lhes "resolverem os problemas" e depois ficam "dependentes".
Ai que também me vão cair em cima!!!
Dependente, só de DEUS.
Abraço em Cristo
Maria, às vezes apetece-nos agradecer por tudo e por nada... obrigado Maria, por tudo e por nada! Mas principalmente por tudo ;)
Um abraço apertado,
AVC
António... como tudo na vida, existem bons e maus profissionais! Um psicólogo não é, nem deve ser, um amigo. É alguém, que não fazendo parte do teu círculo de amigos, e abstraindo-se de qualquer pré-juízo que possa ter sobre ambos, círculo de amigos e de ti, tenta ajudar-te a perceber-te: em ti e no que te rodeia! (ajudar... não impõe sobre ti qualquer tipo de ideologias ou formas de pensar)
Pagas, claro que pagas... a psicologia é uma ciência e um psicólogo é um profissional qualificado que presta um serviço.
Uma vez ouvi alguém dizer que nunca precisaria de um psicólogo porque tinha direcção espiritual... enfim, claramente não concordo! (já vi de tudo: Padres a terem intervenções mais positivas que psicólogos e vice-versa)!
O importante é perceber que por detrás de cada psicólogo, padre, amigo, está um homem que deverá sempre ser assumido na sua plenitude, em todos os seus ups & downs!
Maria... acho que ajuda sempre estar literalmente a caminhar :)
Mais do que uma ideia bonita, eu juro que me sinto vosso companheiro de Caminho! E é mesmo bom ter o Caminho por proposta :)
AVC... fiquei sentido com aquele abraço SÓ para a Inês, mas acabarei eventualmente por superar isso. Caso contrário, sempre posso procurar a ajuda de um psicólogo
((so)risos...)
Caro Joaquim, Amigo cada vez mas fresco! Obrigado por essas palavras! É que é mesmo raro encontrar alguém que repare nesse vírus que acho que está a contaminar a maneira de ser de imensa gente nos dias de hoje! Tenho amigos e pais de amigos que são psicólogos, e digo-lhes também isto... há uma série de falhas naquela profissão, desde o seu próprio conceito! Uma pessoa com problemas, hoje em dia, vai ao psicólogo. Depois, se os resolver (e depois de aliviar o bolso), fica com mais um problema, que ninguém pode resolver por ele. É que não ultrapassou aquele problema sozinho ou com a ajuda dos amigos naturais, ou da Natureza das coisas, enfim, de Deus. Depois, qualquer problema que precise de resolver, volta ao psicólogo, já que não consegue resolver nada sozinho. Cria-se uma dependência, pelo menos enquanto houver dinheiro...
Dependente, só de Deus, como dizes! Obrigado Joaquim por te juntares aqui ao lado politicamente incorrecto! Um abraço forte em Cristo e obrigado pelas tuas palavras sempre tão saborosas de ler,
António
Nãooo, não faças isso!! (rir!)
Mike, mas não será arriscar confiar os nossos problemas a quem, por obrigação da profissão, não nos pode conhecer antes da primeira consulta, nem pode ter nenhuma ligação a nós? Os directores espirituais não fazem o papel de psicológo, só se deixarmos. Só se escolhermos assim. Só se deliberarmos se é bom ter um. E só se discernirmos se é aquele que nós conhecemos bem! Nada disso pode acontecer com um psicólogo.
Mas enfim, olha, aqui vai um abraço novinho em folha, só para ti, companheiro de Caminho! ;)
AVC
Para além disso, para se ser psicólogo, basta ter andado em psicologia, ter tido boas notas e ter feitos os exames. Não é preciso ser-se uma pessoa com princípios nem valores. E como não o podes conhecer antes, não sabes ao que vais nem em quem vais confiar. Os amigos que naturalmente tens e escolhes, os familiares, os directores espirituais, têm valores com os quais sabes que podes ou não contar. É seguro, confia-se. Então em Deus (tantas vezes negado em Psicologia), a confiança pode ser elevada ao infinito se assim fosse possível, já que Ele é completo nos Valores. Um abraço
AVC
António... eu também não sou lá grande fã dos psicólogos (acho que mais fácilmente iria directamente a um psiquiatra, sim porque no meu caso seria patológico de certeza :p), mas não concordo mesmo contigo.
O conhecer vem do ouvir (que é básicamente o que um psicólogo faz). Segundo, aquele senhor que ali está não te é nada, nem quer nada contigo... não se sente obrigado a ser-te simpático, falsamente caridoso. Uma vez uma amiga psicóloga disse-me que muito do trabalho dela era repetir o que os pacientes lhe diziam... muitos eram os que respondiam: "é exactamente isso, como é que sabe!". Tinham perdido a capacidade de se escutar...
Quanto à dependência... acredito piamente que o trabalho de um psicólogo é o oposto, passa pela promoção da independência... mas volto a dizer, como tudo: existem bons e maus profissionais!
Os amigos... são os que estão. Não precisam de dizer as palavras certas nos momentos certos, não precisam de ter mega discursos que nos fazem pensar e sorrir... eles estão lá! É a presença que dá força, é completamente diferente. Os amigos sentem-se obrigados para comnosco (é impossível não te sentires obrigado para quem amas...)
Mike, quanto à amizade, disseste tudo.
Que há bons e maus profissionais, não haja dúvida. O que eu digo é que o princípio da profissão é já de si vicioso --> no sentido de hábito e dependência, e no sentido de mau princípio daquela bengala que procuramos só por conforto e às vezes por status, como lembra o Joaquim. O problema de usar bengala sem precisarmos dela? É que a nossa coluna vertebral vai-se entortando aos poucos e sem darmos por isso, para além de ficarmos bengalo-dependentes ao ponto de já não conseguirmos caminhar na vida sem isso. O trabalho do psicólogo é o oposto... bem, de alguns, os bem formados. Mas mesmo esses, já estão a remar contra a maré, contra este mau princípio que nos entorta a coluna vertebral. O recurso à psicologia é sempre um risco, e para correr riscos é preciso que não haja mais soluções seguras...
Confiar em Deus, em ti e nos que te querem bem por Natureza (e que por Amor estão obrigados a corresponder-te porque assim o sentem) é a solução para ultrapassarmos os obstáculos sem devassarmos a delicada esfera da nossa intimidade em mãos alheias. Um abraço,
AVC
Um post fantástico, mas tenho que referir que o da Maria também está mesmo especial.
Obrigado aos dois pelos textos, pelas partilhas, que nos fazem a todos pensar de maneira diferente e olhar para o mundo de outra Maneira.
Um grande beijinho com Cristo sempre presente
Sim António... acho que estamos a falar da mesma coisa! (outro bom mote para a Verdade)
Eu acho que é importantíssimo o trabalho que muitos psicólogos (que eu conheço) desenvolvem junto de gente que não tem absolutamente mais ninguém... e acho que a psicologia em si é importante: estuda o homem e os seus comportamentos, o que se torna ainda mais relevante quando se assume que, de facto, errar é humano (vamos lá então conhecer o homem melhor para errar menos :))
Se me perguntares se às vezes não me faz confusão que as pessoas não sintam, como eu sinto, esta certeza de estar seguro por uma Mão forte, esta confiança de me sentir guiado, esta Fé de que nada nesta vida é assim tão grande e tão grave? Claro que faz... mas não somos nós que escolhemos a Deus!
E repito... a escolha implica um risco! Acho que preferiria mil vezes sentir-me lesado por uns quantos euros que gastei num psicólogo, do que sofrer, como sofro de verdade, quando confio num amigo que afinal nem o é tanto assim... um mau psicólogo torna-te céptico em relação à psicologia, um mau amigo torna-te céptico em relação ao homem... Onde é que está o maior risco, meu amigo?
Um abraço imenso
PS - ... OBRIGADO!
A psicologia como estudo, é importante, reconheço. Já quando passa para a psicanálise e para a acção... já é mais complicado e arriscado! Quanto ao risco de recorrer ao psicólogo e/ou ao amigo. Comparando, confiar no amigo tem a vantagem que sabes melhor com o que contas, logo a probabilidade de risco diminui... mas tb tens razão se disseres que a desilusão, se correr mal, é maior e mais grave com um amigo do que em relaçao a um psicologo. Mas, se virmos, confiar num amigo é natural e necessario... confiar num psicologo muito menos. E a minha luta é contra a banalização. Acho q hoje em dia vai-se ao psicologo por tudo e por nada, sem se ter consciencia dos riscos q sao imensos. Sem ter consciencia q mexer em assuntos sagrados e profundos da pessoa em causa e depois o trabalho ficar a meio porque acabou-se o dinheiro, é grave. Já para não dizer q um psicologo nao vai buscar a pessoa a casa e insistir com ela, se ela precisar. O amigo vai. E o amigo está sempre ao lado, até que o assunto se resolva. Não há dinheiro q compre uma amizade, de facto. Mas que ha psicologos q fazem maravilhas, la isso ha. Mas é preciso ter-se sorte no que nos calha na rifa. Espero continuar sem precisar de ir a um, porque tenho realmente uma aversao enorme a esta ciencia quando é posta na practica. Enfim, espero que esta minha posição não ofenda ninguém. Mentira. Quer dizer, meia-verdade. Cá no fundo até quero chocar e fazer pensar. O importante é que se faça o que a consciência manda, com liberdade de escolher aquilo que faz mais sentido. Estes comentários foram mais no sentido de alertar que a psicologia tem uma série de perigos terriveis. Talvez conte um caso de má psicologia que me chocou tremendamente, mas é tão forte que nem sei pô-lo em palavras. Talvez noutra oportunidade.
Mike, um grande abraço e obrigado por mais esta conversa!
AVC
"Paga o justo pelo pecador"... nunca gostei desta frase, apesar de perceber que a ideia inerente nos fala de sabermos viver em comunidade. Mas só me faz sentido quando eu me proponho a assumir esses erros do outro, não quando apanho por tabela.
Cada caso é um caso, cada homem é um homem! Gosto mais de vir por aqui.
Um grande abraço
Mas sim António... também eu tenho as minhas "embirrações" pessoais! (para o caso de ainda não teres percebido)
Todos nós temos as nossas embirrações pessoais Mike. Bora desfazermo-nos delas? Abraço,
AVC
Bora... tu primero :p (confesso que as minhas têm um fundamento teórico tão vasto que me vai ser bastante difícil, mas não há como um grande exmplo para me ajudar :))
Estarei atento António...
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