segunda-feira, outubro 16, 2006

15 de Outubro

A toda a hora somos confrontados com pessoas e situações que mexem connosco. E depois? Selecionamos a situação, rotulamos a pessoa à nossa maneira e pomo-la na nossa prateleira de conhecimentos consoante a categoria que lhe atribuímos. É tão fácil de julgarmos alguém! Conhecemos essa pessoa realmente e a fundo? Ou avaliamo-la a partir de meia-dúzia de situações (às vezes a partir de uma só situação)? Se achamos que a conhecemos, abrimos espaço para que as suas mudanças na vida também se dêem na nossa cabeça e coração quando assim acontecer?
Só Deus nos conhece profundamente e como ninguém (nem mesmo nós próprios), como se das palmas das Suas mãos nos tratássemos. Se assim é, porque julgamos tanto os outros? Ousemos Amar o próximo, como Jesus também amorosamente nos mandou. E mesmo quando a nossa limitada racionalidade nos faz pensar que "aquele próximo" não merece a nossa atenção, enganamo-nos, merece sempre. E quando se trata de alguém que nos fez mal, merece a nossa oração redobrada.
"Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei!"
AVC

7 Comments:

Blogger Mike said...

Acho que este é daqueles textos em que se pode dizer: uma vida não basta... São tantas as excepções e bofetadas que apanhamos, que ao longo da vida o "deixarmo-nos guiar" vai tomando contornos mais racionais e racionalizantes.

A verdade é que cada um é como cada qual, mas há tantos e tão diferentes... generalizamos e "não é por mal"! (rimou, mas não era esse o objectivo...)

Eu gosto sempre de começar por perceber o que nos une, o que nos torna iguais. Homens. E então, a partír daí, construir com base nas especificidades de cada um, tendo sempre presente que cada vida é resultado do Amor de Deus.

Mas o medo existe sempre. Como em tudo na vida, a linha entre o "dar" e o "subjugar" é muito ténue... acho que uma das palavras-chave numa relação é "aceitar"! Se não começo por aceitar o outro, nunca vou conseguir, no limite, amá-lo como Deus nos ama.

PS - Desculpa os exageros de "eu acho" e "eu penso"...

10:44 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

AVC, tu dizes tudo. e eu parto do princípo de que todos são amados por Ele e na mesma medida, como seus filhos únicos. Daí e para o que julgarmos e se na maior parte das vezes julgamos mal e se nisso O ofendemos e saímos feridos?
Preciso encontrar-lhes esse amor e esperar na sua ajuda, principalmente para os casos em que precisamos perdoar.

Bom dia!

8:22 da manhã  
Blogger CristalizArte said...

Caro Mike, li faz pouco tempo um texto sobre "aceitar" que hei-de mostrar aqui. É de facto, e como dizes, a palavra-chave de qualquer relação! Aceitar a diferença é o primeiro passo, e em seguida amar essa diferença no sentido verdadeiro do termo. Para amar não é preciso sentir, mas se sentirmos ainda melhor! Um grande abraço,

AVC

1:07 da tarde  
Blogger CristalizArte said...

Querida Malu, obrigado!
Perdoar... das palavras (e actos) mais bonitas que há! E sem saber perdoar, também não é possível saber amar! Beijinhos,

AVC

12:26 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

De todos os textos que já vi expostos este é sem duvida o mais completo. Parabéns!

Concordo plenamente com as palavras inseridas neste texto. Aliás, saber amar é saber perdoar. Portanto...OLEGÁRIO TÁS PERDOADO!!! Já podes voltar a arbitrar um jogo na catedral do GLORIOSO...

Eu perdo-te: pelo golaço do petit que tu anulaste contra aquele clube azul e branco com a bola a passar para além da linha, pelos amarelos que tu distribuíste á pala desse lance aos jogadores do Benfica, pela grande penalidade que não marcaste do Seitaridis contra o Karadas, pela expulsão do adjunto do Benfica e por nunca teres assumido os teus erros...etc.

Como diz o texto:

“quando se trata de alguém que nos fez mal, merece a nossa oração redobrada”.

Não vou tão longe...mas sou capaz de ir ao estádio do GLORIOSO duas vezes só para te ver arbitrar um jogo do ... GLORIOSO! Ou então...sempre existe a hipótese de na frase transcrita, de se substituir a palavra ‘oração’ por ‘coça’, ‘sarrafada’...e aí a coisa muda de figura...mas esperemos que não!

Portanto da minha parte...tá esquecido!

Também gostei muito de outra passagem do texto, muito embora esteja parcialmente de acordo:

“E mesmo quando a nossa limitada racionalidade nos faz pensar que "aquele próximo" não merece a nossa atenção, enganamo-nos, merece sempre.”

Ora aí está! PC (presidente do clube azul e branco), quem mais poderia ser? O “Al Capone” do futebol português, o “filho da fruta” como dizia o anuncio da SANTAL. Podem-me explicar como é que foi possível tanto roubo em tanto tempo...é incrível!!!! E, pior que tudo...está livre! No processo “Apito Dourado”, em cada acusação feita, no final as ultimas palavras são: “há indícios mas não há provas”...e já lá vão 9!!! Isto realmente...

Ora bem! O importante aqui não é a ‘fruta’, o gamanço ou os jogos combinados (para mim é importante visto que o “meu” Benfica foi o mais prejudicado!)...mas sim a acção...quer dizer: até onde é que vale a pena irmos para atingir os nossos fins? Vale tudo? É ético?...Quer dizer...e agora?

Acho que já fiz a minha boa acção de hoje: perdoei o Olegário...agora uma coisa de cada vez...

TP

2:52 da tarde  
Blogger Mike said...

LOL

Pedoaste o Olegário e puseste-me a rir às gargalhadas... e vão duas boas acções num só dia! Keep on :)

"Ou então...sempre existe a hipótese de na frase transcrita, de se substituir a palavra ‘oração’ por ‘coça’, ‘sarrafada’...e aí a coisa muda de figura...mas esperemos que não!"
... não te deixes levar... estavas tão bem até aqui, confia!

Quanto ao PC, e de benfiquista para benfiquista, considera-o O desafio da tua vida! Pensa pelo lado positivo, se o perdoares, perdoas qualquer um! E isso é enorme.

Abraço

PS - Gostei do post acima de tudo porque por vezes nos esquecemos que tudo começa nestas pequenas coisas como... perdoar o Olegário!

3:52 da tarde  
Blogger CristalizArte said...

HAHAHA Grande Tony dos Bifes! Só tu! Um grande abraço!

AVC

3:22 da tarde  

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